eu e minha metade inteira

eu e minha metade inteira
quinta da boa vista, quase ontem

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sra. Diretora geral do CIEP 298 Manuel Duarte, profa. Aparecida de Cássia Rocha Navarro;
Sra. Diretora adjunta do CIEP 298 Manuel Duarte, profa. Júlia Pereira Vieira;
Autoridades presentes ou representadas;
Caros professores, colegas de jornada;
Senhores pais, demais familiares e amigos dos alunos formados,
Queridos alunos da turma 3001.

Inicialmente, gostaria de agradecer muitíssimo o convite para ser o paraninfo desta turma e assim, assumir esta tão importante tarefa que é a de proferir a última aula para vocês. Prometo não tomar muito o tempo, afinal, é momento de festa, comemoração e alegria. Mas não posso me furtar de cumprir com esta tarefa.
Mais que uma aula de história, o que eu queria compartilhar com vocês hoje é uma aula de cidadania. Uma aula de democracia. Uma aula de respeito e senso crítico. Enfim, uma aula sobre “o mundo e as coisas” (se é que isso é possível…)
Antes de ser escolhido como paraninfo desta turma, tinha planejado escrever uma carta direcionada a vocês. Não uma carta de despedia, mas uma carta de “até logo”, com votos de felicidades e sucesso nesta nova fase da vida de vocês.
Há um fado português que eu gosto muito, e que diz o seguinte:
“as coisas vulgares que há na vida não deixam saudades
só as lembranças que doem ou que nos fazem sorrir
Há gente que fica na história
na história da gente.”

Eu não podia deixar de usar uma musica hoje, não é? Primeira consideração a ser feita: Vocês estão na minha história. E vocês também estão na história uns dos outros. Enfim, estamos todos, felizmente, uns na história dos outros.
Segunda consideração a ser feita: não sei se em algum momento cheguei a comentar com vocês o porquê da minha escolha em ser educador. Posso garantir a vocês que docência não é sacerdócio, como alguns dizem. Conseqüentemente, não desejo, de maneira alguma me sentir ou ser canonizado. A minha escolha recai sobre um compromisso cidadão. Tive a boa sorte de ter toda a minha formação, desde as séries iniciais até a pós-graduação, cursada em bancos de instituições públicas. Numa delas, entoávamos um hino que começava dizendo que “Nós levamos nas mãos, o futuro de uma grande e brilhante nação” e concluía invocando “Por isso sem temer, foi sempre o nosso lema buscarmos no saber a perfeição suprema.” Isso moldou o meu caráter, os meus valores. Enfim, me moldou como educador.
Deste modo, sempre que ingresso em uma sala de aula, busco cumprir com um compromisso assumido não só comigo, mas com toda uma nação que confiou às minhas mãos, (e às mãos de colegas habilidosos e conscientes como os que temos a boa sorte de termos no nosso CIEP) a educação de cada um de vocês.
Como disse, aqui neste colégio, encontrei condições plenas para o desenvolvimento não só da minha profissão, mas do meu prazer. Mais do que toda a estrutura, apoio da instituição e liberdade que me foi dada no cumprimento do meu exercício, vocês foram indispensáveis (e marquem bem a palavra i-n-d-i-s-p-e-n-s-á-v-e-i-s) para que a tarefa fosse concluída com êxito. Sem vocês, nada disso aqui fez, faz ou faria sentido.
Terceira consideração: devo dizer que vocês cumpriram com suas obrigações cidadãs com louvor. Pode parecer estranho falar em obrigações cidadãs, ainda mais nesta solenidade, mas vai aqui mais um ensinamento, mais uma análise crítica, e talvez a mais importante de todas elas: vivemos hoje, o que eu costumo rotular de uma da “histeria de direitos”, o que significa que atingimos um grau impressionante de conhecimento dos direitos que temos. Entretanto, muitas das vezes (eu diria que na grande maioria dos casos), essa consciência supera o bom senso, e se transforma em histeria generalizada. As pessoas querem garantir seus direitos a todo custo, sem inclusive, observar a ultrapassagem dos limites legais, levando ao extremo a fórmula de Maquiavel, na qual “os fins justificam os meios”. No entanto, direitos cidadãos sempre, e de maneira inseparável, vêm acompanhados de obrigações cidadãs. No nosso caso, vocês têm direito à educação. Isto é um direito constitucional inalienável. Porém, ao ingressarem numa escola pública, vocês assumem o compromisso com toda uma sociedade que paga impostos, (e conseqüentemente o meu salário, o salário de todos os colegas, a estrutura física, o material de consumo): o compromisso de aprenderem não só os conteúdos programáticos, mas também aprender a convivência. Convivência com os iguais. Com os diferentes. Com o colega legal. Com o chato. Com as regras, e o mais importante, com o exercício da democracia e da cidadania.
Assim sendo, gostaria de congratular a todos vocês formandos da turma 3001, o cumprimento exemplar deste compromisso cidadão. Tenho certeza que a partir do dia de hoje vocês irão ganhar o mundo, cada qual desenvolvendo suas habilidades, seus conhecimentos, e sua cidadania. E isto foi uma coisa que vocês aprenderam aqui. E que eu aprendi mais um pouquinho com vocês. E, para mim, ter a clareza de que em todos os sentidos a minha função de educador (e a dos colegas também) foi concluída com êxito é motivo de muito, muito orgulho! Como já citei anteriormente, este orgulho só é possível porque vocês permitiram de maneira bem humorada (vez ou outra até demais, né!), respeitosa e afetuosa que nós educadores cumpríssemos este missão. Paulo Freire, mestre de muitos de nós escreveu, certa feita, em um livro tão famoso quanto ele próprio que “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.”
Hoje, deixo vocês com este último ensinamento do mestre Freire, na esperança de que vocês continuem educando uns aos outros, mediados pelo mundo, com todas as dificuldades que surgirão, mas também com todas as alegrias que a transposição dessas dificuldades nos proporciona. Tenham sempre em mente o ensinamento de uma conhecida canção judaica que diz que “o mundo é sustentado por três coisas: pela verdade, pela justiça e pela paz.
E o mais importante disso tudo. Não se esqueçam que “há gente que fica na história, na história da gente”. Afinal, nossa história não acaba aqui. Porque ela não acabará nunca.

Feliz Natal e Ano Novo



Filipe Durert, meu amigo lindo! disse tantas coisas que eu queria que deixo suas palavras como as últimas do ano no blog. Em janeiro descaminhamos!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

De julho pra cá esse ano passou meio arrastado, meio corrido. Ao mesmo tempo que não vejo a hora de chegar dia 22 de dezembro, parece que os dias se atropelam numa sucessão de acontecimentos que só nos dão o direito de prosseguir.
Inúmeros textos ficaram pra trás, alguns em rascunhos no papel, outros na mente e uns tantos no coração. Não sei se vou conseguir publicá-los aqui, mas vou fazer um exercício de tentar buscá-los ao longo das próximas postagens.
Vou fazer uma retrospectiva do ano, pra mim, de mim. No meio dos meses tentarei resgatar os textos que ficaram, se não vierem à  tona será porque o lugar deles (ainda) não é aqui.
Mas antes de começar o mês a mês vou postar sobre um presente lindo que ganhei neste novembro.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lembro do fusca branco que cabia tantas crianças, lembro de dançar pisando nos seus pés quando eu era pequenina, lembro da paciência sem fim pra ensinar xadrez. Lembro que quase não usava camisa quando tava em casa e que cortava as bermudas para ficarem curtas. Lembro pouco das palavras, o silêncio imperava, das que lembro, o "eu te amo" sempre, sempre.
O apreço compartilhado pela cerveja gelada.
Lembro de uma crise de choro infantil e meu rosto entre suas mãos e ele dizendo: "só tem um motivo porque gosto de te ver chorando: seus olhos ficam ainda mais lindos!" eu devia ter uns 6 anos, e até os 32 ele sempre me dizia isso quando eu chorava, e eu sempre sorria.
Estranho pensar que os próximos anos serão sem ele por aqui, estranho pensar... Os planos pensados, as certezas e dúvidas.
O homem que menos me disse não e que aceitava meus nãos como ninguém...
Aquele que carregava meu nome estampado em seu corpo "como tatuagem".
Meu pai, meu rei negro.

Saudade hoje tá grannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnde!

descaminho

"Há de surgir uma estrela no céu toda vez que você sorrir" me lembra aquela "sonhos são como deuses, quando não se acredita neles deixam de existir", que também me lembra Barrie quando diz que as fadas nascem da primeira risada de uma criança e morrem quando não acreditamos mais nelas.

Sonhos, deuses, fadas e estrelas, que venham iluminar meu caminho, preciso de todos!

Pequeno milagre . 1

Não me considero cristã. É estranho falar isso na nossa sociedade tão católica-ocidental, mas não sou muito chegada ao Cristianismo. Gosto de Maria e de muitos santinhos, mas Cristo mesmo, sei não. Acho que é por conta de todo esse alvoroço em torno dele, essa história de grande milagre. O Cristo comum, histórico, homem de carne e osso, filho de José, desse eu gosto. O problema mesmo, creio eu, está no lesco-lesco em torno dos grandes milagres.
Se eu acredito em milagres? É claro, eles existem, certeza pura e cristalina!
Mas estou falando dos pequeninos milagres, desses de todo dia, que basta ter olhos pra ver e tempo de observar. Nesse milagre miúdo eu creio.

No dia 28 de setembro deste ano seu Afonso completou seu Tempo encarnado. Coisa estranha, estranho não ter dito "eu te amo" naquela semana. Estranho não tê-lo visto. Estranho ter encontrado seu corpo sem vida, só uma casca, já sem temperatura. Estranho ter encontrado meu nome tatuado naquele braço, que já parecia apenas uma "roupa velha, que não serve mais".
Nesses momentos manter a cabeça em paz é a melhor opção. Lição aprendida a duras penas ao longo da vida. Lição que tive a certeza que aprendi naqueles momentos de decisão difíceis e, aparentemente, solitários.

Mamãe estava se recuperando de uma crise, Bê lá do outro lado do mundo e eu, a filha caçula mais velha que conheço, tendo que resolver uma burocracia que não queria pensar.

Aconteceram uma sucessão de pequenos milagres, desses que se tem que ficar atenta, "mente quieta e coração tranquilo" para perceber. O que trago hoje foi um especial: em plena Central do Brasil, na delegacia, vejo surgir uma fada etérea, de olhos claros, cabelos loiros e vestido floral, sorrindo pra mim.

Me abraçou, não entendeu o que eu estava fazendo ali, tão longe de casa, do trabalho, tão descabelada, tão cheia de olheira, tão querendo ser forte ("seus pequeninos galhos espetados eram fortes, poderiam aguentar o peso sem sofrimento").

Também não entendi o que ela fazia ali. Mas entendi como um presente e aceitei de bom grado.

Obrigada Cristinho pelos milagres concedidos!

eu voltei

Vixe Maria! Me assustei quando vi que desde julho não passo por aqui! Sabia que tinha bastante tempo mas não sabia que era tanto!
Pagarei minhas dívidas descaminhando por esses dias!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Uma do Galeano pra gente refletir

Sixto Martinez cumpriu serviço militar em um quartel de Sevilha.
No meio do pátio do quartel havia um banquinho. Junto ao banquinho, um soldado montava guarda. Ninguém sabia por que era necessário guardar o banquinho. A guarda se fazia porque se fazia, noite e dia, todas as noites, todos os dias, e de geração em geração os oficiais transmitiam a ordem e os soldados a obedeciam. Nunca ninguém duvidou, nunca ninguém perguntou. Se assim se fazia, e sempre se havia feito, por algum motivo seria.
E assim continuou a ser, até que alguém, não sei qual general ou coronel, quis saber a ordem original. Tiveram que revolver a fundo os arquivos. E depois de muito buscar, ficou-se sabendo. Havia trinta e três anos, dois meses e quatro dias, um oficial havia mandado montar guarda junto ao banquinho, que estava recém-pintado, para que não acontecesse de alguém sentar sobre a tinta fresca.
Eduardo Galeano, o Livro dos Abraços

quarta-feira, 20 de julho de 2011


Gosto do tema leitura, quase tanto quanto gosto de ler. Esse gostar não se caracteriza numa curiosidade acadêmica, embora não descarte essa ideia, mas uma curiosidade que me enche de perguntas e vontade de compartilhar ideias.

Uma delas é: O que faz de um leitor, leitor? Ou mais: um leitor desesperado, como eu e como vocês, acredito eu. Não falo dos que lêem, dos que até gostam de ler, mas daqueles que necessitam de leitura tal como de ar.

Um dia, estando eu ouvindo rádio, tem uns quatro anos isso, ouvi um texto que em essência era mais ou menos o que vou escrever, embora não possa deixar de dizer que, com certeza dei a ideia original, as palavras que gostaria de ter ouvido:

“Se você lê em média 2 livros por semana, em um mês você terá lido 8 livros, em um ano 96 livros, em uma década 960 livros. Se você tiver em toda sua vida 5 décadas de leitor, terá lido cerca de 4800 livros. Muito pouco. Pensando nos 130 milhões de livros já publicados você terá lido apenas 4mil e 800. Então não perca tempo, leia um livro.”

Bem, com esse texto em mente tentei contar os livros lidos em um ano, certa que lia mais do que a média nacional, sabia também que não lia 2 livros por semana. Não deu certo, como leio, geralmente, mais de um livro por vez, me perdi na contagem.... Mas este ano, com o (des) caminho, fiz uma lista  (aí à direita) com todos os que tenho lido e os que quero ler.

Neste meio de ano (junho/julho) me vi tentada a pensar sobre isso:

Procurei no guru máximo da nossa era, Pai Google, a média de leitura nacional, todas as fontes iam no mesmo sentido, em torno de 4,7 livros por ano. A pesquisa diz ainda que entre pessoas com nível universitário a média sobe para 8,3 livros. Bem, não li este ano mais ou menos do que leio sempre, se pegar os livros deste ano como a minha média, leio cerca de 35 livros por ano.

Fui atrás da média em países com histórico de promoção e acesso à leitura, a média europeia gira em torno de 8 livros por ano.

Muitas questões apareceram para mim a partir daí, algumas vou discutir em outras postagens, mas o que grita é: O que faz de nós, leitores acima da média? O que transforma a leitura no ar e água de nossas vidas?

Ouço sempre duas desculpas esfarrapadas para quem não lê, a primeira e que considero horrorosa é: “não tenho tempo para ler”. Não posso concordar que eu (e vocês) temos tempo a mais, mas sim que, as escolhas que fazemos para organizar nosso tempo priorizam ou não a leitura. A outra é: “não gosto de ler” e apesar desta doer no meu coração, porque minha’lma de professora me culpa por cada um que diz isso, apesar de achar triste, acho essa a mais sincera (embora fique pensado nos 130 milhões de livros publicados, será que nenhum, NENHUM, agrada?)

Então vamos lá,

O que fez de você o leitor que você é?

Que características da sua vida te fizeram o leitor de hoje? Que influências você carrega?

Reflita, comente e comente o comentário alheio, te espero...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Queridos, estou sumida mas nada tem a ver com o facebook, tem a ver com o fim do bimestre mesmo, relatórios e mais relatórios e ainda mais estou absorvida pela leitura de "Batismo de Sangue" do Frei Betto. Assim que acabar venho correndo aqui, aguardem e confiem.

domingo, 3 de julho de 2011

A Revolução dos Bichos

Sabe aquele livro que todo mundo diz que você vai amar, que você encontra referência em inúmeros lugares mas nunca se interessa realmente em lê-lo? Pois então, essa havia sido minha história com "A Revolução dos Bichos", até mês passado.
Como vocês sabem, ano passado fizemos em nossa escola uma grande campanha de empréstimo de livros, e para isso, contamos com a ajuda de muitos parceiros que doaram parte de seu acervo pessoal, (não posso nunca deixar de agradecê-los, como alguns estão entre vocês, obrigada), mexendo este ano nos livros para retomar os empréstimos me vi com "A revolução..." nas mãos, olhei e pensei, acho que já é ora, peguei emprestado e trouxe pra casa.
Nossa!!!!!!!!!!!!!!!!!! Por que demorei tanto para lê-lo? Por que não o li com 13, 14 anos e a cabeça tão povoada de marxismo-leninismo-trotskysmo? Mas agradeci não ter fadado este livro a montanha interminável de livros que infelizmente eu nunca lerei.
Para quem não leu, eu recomendo, para quem já leu, peço para postarem seus comentários sobre ele, eu amei de um amor incondicional.
Bê, pensei muito em você quando li sobre o autor, veja só: George Orwell alistou-se para combater na Guerra Civil Espanhola mas, diferente da maioria dos intelectuais que se alistavam, lutou no POUM, ao lado dos anarquistas socialistas e não nas brigadas internacionais dos comunistas ortodoxos, ele já denunciava os abusos stalinistas e toda prática totalitarista. Apaixonante não?!
Termino com suas palavras ao finalizar o livro:"As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem, outra vez.; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco.'

Obrigada!

Dia especial, companhias preciosas, manhã agradável e preparação para mais uma viagem, perfeito!
No entanto hoje, preciso agradecer, agradecer palavras doces e carinhosas de uma leitora de muito valor, e já que resolveu seguir o blog (seguir publicamente, pois já lia as postagens e eu não sabia) vou agradecer publicamente também. Rosangela, obrigada!
Obrigada por ler, por se posicionar, por escolher palavras tão bonitas para elogiar.

sábado, 2 de julho de 2011

Hoje preciso dizer: que orgulho danado de ter conhecido, de ter como irmão, o meu amado Amilcar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Nomes, lugares e istas foram trocados para manter a identidade da protagonista, o resto é história mesmo, como foi ou como me contaram

Lela é uma moça muito solidária.
Nos idos de 90 já foi marxista, leninista e trotskista.
Hoje largou os istas e se dedica a transcendência humana, holística. Continua solidária, e de coragem!
Mas todos sabem que Lela foge de um enfrentamento policial mais do que o diabo da cruz!
Então só há uma razão no mundo que faça Lela ir a uma manifestação pública.
A certeza, inabalável, que não haverá enfrentamento.
E só há uma outra razão para que ela volte, dia após dia, e só não vai de noite porque não pode, a tal manifestação pública: ter a certeza que encontrará a maior quantidade de homi bão por metro quadrado em todo o território nacional e talvez, internacional!!!
Viva a solidariedade lelistica!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Meu exercício de escrita hoje, se dá via blog, é claro que escrevo quase sempre primeiro no papel, depois no Word, mudo letra, mexo aqui e ali e depois publico no blog, mas a finalidade da escrita tem sido este espaço, ou seja, esse caminho desencaminhado. E é muito bom ter amigas leitoras, afinal sei que meus textos encontrarão olhares atentos em Bê, Fabi, Mel, Val, Pri e Lê (embora me deva a leitura do texto que deixo aqui com o link para ela não arrumar desculpa), e por ventura, outros leitores, porque é impossível rastrear todos que lêem, embora eu ache sempre bom deixar um comentário.
No entanto, minha sede de interação instantânea tem sido aplacada pelo facebook, o que acabou me afastando deste espaço aqui. E, uma tendinite me fez adiar o projeto de escrever aos poucos dos livros que li ultimamente.
Então, peço paciência para as leitoras, mas que , por favor, leiam as postagens a seguir.
Antes tarde do que nunca!

Começar pelo meio

Como vocês sabem a Prefeitura do Rio tem um projeto chamado “Rio, uma cidade de leitores”, dentro deste projeto temos uma ação da Secretaria de Educação, a “Biblioteca do Professor”. Quatro vezes ao ano escolhemos pela internet entre alguns títulos nacionais e estrangeiros, 2 livros, os 4 mais votados (sendo 2 nacionais e 2 estrangeiros) chegam as escolas para que cada professor escolha 2 (1 de literatura nacional e o outro de literatura estrangeira). Essa explicação toda não é para fazer propaganda da Prefeitura, mas para introduzir o que falarei a seguir: como o caminho para a formação do leitor e muito especificamente, do professor leitor é árduo e esquisito.
Tive o prazer de, neste último fim de semana participar da jornada CESPEB (programa de especialização em Educação Pública da UFRJ) e ouvir uma fala que gostei muito e que casou com um livro que estou lendo “Caminhos para a formação do leitor”. Na jornada, uma professora falando sobre leitura literária nas escolas, falou que é importante dizer que nem sempre leitura é delícia, as vezes ler é muito difícil, exige uma concentração e dedicação muito grande, no livro, Ricardo Azevedo nos fala que precisamos desmistificar essa imagem da leitura como um mundo perfeito e mágico, por que  a literatura, por tratar de assuntos humanos, portanto contraditórios e complexos, muitas vezes é dolorosa. Lembrei dos textos que li e nunca entendi,  da dificuldade de saber o que Hanna Arendt queria dizer, por exemplo, mas lembro de ler (e trocar com a Val) livros de Foulcault como se fosse literatura, aliás, leio com igual tesão e descompromisso livros de literatura e livros de psiquiatria, direito, história, sociologia, pedagogia.
Mas enfim, o que vim aqui dizer é, que apesar de poder mos contestar a política de entrega dos livros, dizendo que o ideal era termos um salário digno que nos permitisse comprar o bem que nos conviesse, é inegável que muitos professores desprezam por completo esta iniciativa. Alguns dizem, em redes sociais por exemplo, que nenhum livro até o momento prestou, que todos os títulos são horrorosos, pondo em cheque a seleção dos livros e até mesmo a escolha (só pra dar uma ideia já recebemos: Saramago, Pablo Neruda, Chico Buarque, Daniel Pennac, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Mario Quintana, Maria Colasanti, Gabriel Garcia Marques e Dostoievski, só pra citar os mais famosos), muitos professores simplesmente não pegam os livros e alegam os mais variados porquês: não tenho lugar pra guardar, não gosto de ler, não me interesso por literatura (essa veio de uma professora de Português!!!), e a maior de todas, não tenho tempo de ler. Bem, eu devo ser uma pessoa absolutamente a toa e que tenho o privilégio de fazer o que quiser com o meu tempo, porque sempre estou lendo!
Cada vez mais acho que a formação do leitor deve ser intensificada com os professores, formadores em potencial. Como dizer que ler é mais do que delicioso, é NECESSÁRIO, vital, se eu acho normal passar um dia inteiro sem ler uma linha de um livro (ou de um blog,RS)?! Como acordar, tomar café, pegar um ônibus, sem um livro no colo???
Eu começo as reuniões com os professores do CIEP com uma leitura, sempre. Cinco minutos, é muito? E se todos nós fizéssemos isso? Fazer com os adultos aquilo que gostaríamos que eles fizessem com as crianças?
Começar do começo ou do meio ou do fim, mas com a certeza que é preciso começar.

Hoje, como ontem.

Vocês sabem que leio livros não literários como se fossem. Isso quer dizer que leio pelo prazer de lê-los, não para estudar, ou para fazer trabalho, ou para nada disso, mas porque me dá prazer mesmo. Lembro nos idos de 97, 98, que li A Revolução Francesa, de Michelet, como um romance mesmo, chorando, lendo pros amigos... lembro que carregava o livro, de umas 500 páginas na bolsa e, nessa época, indo pra praia a noite, fazia muito isso, e lendo pros amigos que ia encontrar, olha que beleza!!!! E assim foi com Foucault, Gadotti e sempre com Freire.
Li, dessa maneira, Pedagogia: diálogo e conflito, e recomendo para todos.
Esse livro, publicado em 1985, trata de diferentes questões sobre educação, ele é fruto das palestras, conferências e conversas que Freire, Gadotti e Sérgio Guimarães passaram a vida fazendo pelo Brasil e principalmente com a abertura política pós ditadura militar. E lá, em 1985 um dos pontos cruciais era a violência escolar, tão discutidas hoje, como ontem. Outra questão tão atual é a função que a escola assume em uma sociedade que falta muita coisa, transcrevo “... a merenda escolar, que tem funcionado como o grande fixador do aluno na escola. É lamentável, mas é assim. A escola não deveria ter a função de restaurante, mas, por falta de uma política social em favor das classes populares, hoje a merenda escolar é pré requisito para se diminuir a evasão e a repetência. A que ponto chegamos!” e eu completo, a que ponto continuamos....
Essa escola, de mais de 20 anos atrás é a escola do passado, que muitos de nós diz que era muiiiiiiito boa! E o livro traz também a implantação do Ciclo Básico como uma tentativa de manter o aluno mais tempo na escola, mas como uma medida que precisava ser superada. Ainda não foi.
Muitos falam do Freire como um mestre e um ícone de ontem. Não, ontem como hoje pensar na Pedagogia do conflito, do oprimido, da esperança, da indignação, é urgente e preciso.

Conversa sobre o tempo

Tem tempo que não falo dos livros que li, então vamos lá:
Conversa sobre o tempo, entre Zuenir Ventura e Luis Fernando Veríssimo, com Arthur Dapieve. Delícia! O Zuenir fala quase que o tempo todo, já que o Veríssimo é tímido e de poucas palavras, mas quando fala, certeiro! Um livro gostoso, com jeito de conversa mesmo, mediada pelo Arthur, leve e denso ao mesmo tempo. Falam de paixões, política, amores, família e morte, como falar do tempo sem falar da morte? E falam também da tarefa de escrever, penosa e dura. E que a ler é muito melhor que escrever. Engraçado ouvir isso de escritores, né? Bem um livro gostoso desses pra ler sem compromisso, com uma xícara de café na mão.

Liberdade, liberdade , abre as asas sobre nós

Fiquei com receio de ler o livro da Ingrid Bitancourt, tinha medo de que ela metesse o malho das FARC com um discurso imperialista. Não sou Farquista, não sou a favor dos seus métodos e meios, e questiono ideologicamente, mas é um questionamento de esquerda, não de direita. Estava com receio de acabar dando razão ao sequestro, de tanto ler uma leitura direitosa sobre as FARC. Nada disso aconteceu, Não há silêncio que não termine, é um livro porreta.
Ele é daqueles livros que te prendem até a última gota, você lê como se fosse livro de ficção, até porque é muito difícil acreditar ou assumir que aquilo tudo fosse verdade. Ingrid escreve lindamente, visceralmente. É um livro que te angustia, que você chora, que você ri, que você torce para que dê certo. A relação que  mantém com os presos e com os farquianos, a importância que pequenas coisas tomam, a dimensão da solidão no meio da floresta, da incerteza, nos leva muito além da Colômbia, nos leva até o íntimo da condição humana.
“pois descobri que o que os outros têm de mais precioso a nos oferecer é o tempo, ao qual a morte dá seu valor” (Ingrid falando de um farquiano que a ensina a fazer um cinto artesanalmente e que ela passa a fazer como um presente para seus filhos no aniversário de cada um, como uma maneira de contar o tempo, dar sentido a própria vida)
“ele teve escolha!(...) aquele homem não era um autômato programado para fazer o bem e sofrer um castigo em nome da humanidade” (Ingrid refletindo sobre a bíblia e Jesus, em seu primeiro milagre, a expressão de Maria e a escolha que muda seu destino)
“e fiz uma promessa pra mim mesmo: se um dia eu saísse dali, eu aprenderia a cozinhar para aqueles que amo” lindo né?! De tão simples, carrega toda a emoção do mundo!
Ah.... e a leitura compartilhada em plena selva??? Escuta essa Lê: “Escute, se quiser podemos ler juntos: eu leio de manhã, passo o livro ao meio dia e você me devolve a noite” Sabe de qual livro estamos falando?! Harry Potter e a Câmara secreta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Na selva colombiana salvando almas da solidão!
“eu ainda conservava a mais preciosa liberdade, que ninguém jamais poderia tirar: a liberdade de decidir quem eu queria ser.”

Um elefante encanta muita gente...

Tem livro que empaca, eu empaque na Viagem do Elefante de Saramago. Comecei a ler umas 3 ou 4 vezes e empacava, colocava de lado e demorava tempos pra retornar. Aí começava pelo começo e lá pelas tantas empacava de novo. Decidi esse ano desempacar umas leituras que ao longo dos anos ficaram d elado, desempacar ou desencanar de vez, porque como muito sabiamente me libertou Pennac, um dos direitos do leitor é o direito de não ler (Daniel Pennac em Como um Romance). Mas toda vez que deixo um livro de lado sinto uma dó... então resolvi que esse ano eu tentaria desempacar alguns e , caso não conseguisse, iria deixá-los de lado para sempre! (ou até dar vontade de ler de novo, mas sem tristeza).
Viagem do Elefante foi desempacado! Li num pulo. Não é um dos mais apaixonantes do Saramago (o último dele que li havia sido o Homem Duplicado que me deixou tonta de tão bom) mas é sereno e gostoso. Dá vontade de ter um Salomão, de correr no zoológico e fazer carinho na tromba do elefante.
E como sempre, Saramago nos brinda com suas pérolas deliciosas e suas cotoveladas no cristianismo. Em um dado momento, o cornaca (tratador de elefante), indiano, resolve vender pelos de elefante dizendo que fará nascer cabelos, e reflete que apesar da abundância de deuses em sua cultura, eles estão muito menos propícios as supertições do que os cristãos e fala a seguinte frase, linda, linda, linda: “Ter que pagar pelos próprios sonhos deve ser o pior dos desesperos”. Nossa! Dá uma tese, não dá não Bê?!
Saramago, Leiamos!!!

“Na noite misteriosa das macumbas, os atabaques ressoam como clarins de guerra”

Cheguei enfim ao grande amor do ano, ao livro que me fez me apaixonar, rir, chorar, gritar, sonhar e não dormir. Capitães da Areia. Virou meu livro preferido!!!!
Vou contar um episódio de minha vida para entenderem a relação com a temática: trabalho com alunos que cumprem medidas sócio-educativas, meninos-homens bandidos (?!) delinqüentes, de rua, na rua, e apesar de toda a crueldade em seus atos, seus olhos, quando permitem que olhemos, ainda trazem doçura. Não posso deixar de pensar o que lhes faltou e o que lhes sobrou ao longo da vida. Conversando com eles na época em que estava lendo Capitães da Areia, um desses alunos chegou pra mim e perguntou se eu era casada, disse que não, ele me pediu em casamento! Eu ri, levei na brincadeira, disse que ele era muito novo pra mim, ela argumentou, sabiamente, que pra essas coisas idade não tinha problema nenhum não. Ele perguntou se eu casava com ele, mas por trás disso tem um monte de outras perguntas: você mês escuta?, você me dá atenção?, você me dá bronca?, diz que eu to errado? Me defende? Dá o que eu não tive nunca?
Mas mais do que essa questão, Capitães da Areia é a Bahia que eu pisei, é a Bahia que eu não pisei, é o imaginário dos delinquentes, esfarrapados, andarilhos, dos Exus e Pombas-giras, das macumbas e batuques, é a Bahia de Todos os Santos e de todas as crenças. E é também a Terra do Nunca. Sim, porque tantos pros meninos perdidos como para os capitães, crescer era impossível, era a expulsão do mundo que viviam. E ambos tinham seu Pedro.
“Vestidos de farrapos, sujos, semi-esfomeados, agressivos, soltando palavrões e fumando pontas de cigarro, eram, em verdade, os donos da cidade, os que a conheciam totalmente, os que a amavam, os seus poetas.” Capitães da Areia
“Tome muito cuidado se lhe aparecer uma aventura porque, se você for em frente, vai acabar mergulhando em um desespero profundo” Peter Pan
“Todos queriam sangue, menos os meninos perdidos (mas poderia ser os Capitães) – que em gral, também queriam, mas esta noite só saíram para cumprimentar seu chefe” – Pedro Bala ou Peter Pan?
“Na sua frente estava a cidade misteriosa, e ele partiu para conquistá-la. A cidade da Bahia negra e religiosa, é quase tão misteriosa como o verde mar.”
“Havia, é verdade, a grande liberdade das ruas. Mas havia também o abandono de qualquer carinho, a falta de todas as palavras boas.”
E a Wendy não é a Dora: irmã, mãe, noiva e esposa????? As duas costuravam, cantavam para eles dormirem, a princípio não iam para as ruas, depois quiseram conquistar seu espaço.
Sou louca por Peter Pan e fiquei louca com Pedro Bala, amando Barrie e Jorge Amado, crio uma ponte entre dois mundos fantásticos. Viva a Literatura!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Jorge muito Amado

Juro que venho neste domingo postar sobre os livros que tenho lido, afinal foi um dos objetivos ao criar este blog. Mas, por enquanto, não posso deixar de dizer: Estou absurdamente, loucamente, estupidamente apaixonada por Pedro Bala e Capitães da Areia!!! E estou amadurecendo uma ideia louca e preciso da ajuda de vocês: Pedro Bala e os Capitães, tem algo de Peter Pan e o Meninos Perdidos???? Eu achei que sim, desde o princípio!!!
ai, ai, doida pra chegar domingo....

sexta-feira, 20 de maio de 2011

detalhes tão pequenos do meu lar

essas almofadas foram feitas pela querida Priscila, e como não podia deixar de ser, são a grande graça na minha varando porque gatos fazem parte da minha vida!

Fidra está aí, como um detalhe bonito da janela


este gato fofo, azul, foi obra de Priscila e presente da Fabi. Mora na minha varanda

comprado na Feira do Lavradio, um dos lugares que mais gosto de ficar na vida!

esse porta chaves foi o 1º objeto que comprei pra minha casa, isso quando eu nem sonhava que teria uma casa, ou só sonhava. eu ainda trabalhava na saraiva e comprei na Livraria da Travessa que ficava no paço, agora é Arlequim

um minha mana me deu, o outro comprei, o fofo é que ficaram perfeitos nessa janela

não ficaram?


presente do meu amigo Bruno, me ajuda a ler, toda noite

comprei no mundo verde e não era assim, tinha uns vasinhos diminutos... coloquei meus copinhos de cachaça e essa maravilha comprada na Bahia na casa de jorge amado, virou uma espécie de altar

esse gato é presente da Bê e acho que é Espanhol, o Pinóquio é de Santa e um desejo antigo. memória de um domingo lindo!

o quadro é do Laradio é o poste.... ai o poste... presente da mamãe e uma oração aos meu amigos e guardiães

esse menino lindo, soltando pipa é do Pelourinho!

linda né! comprei pra dar de presente, mas me apeguei horrores


essa é irmã daquela

meu altar particular... um hino ao amado, dono do meu coração! são os discos LP e uma figura linda que ganhei de presente do zé ano passado, quem fez foi um amigo em comum

santa sara quem fez foi o beto, meu cunhado gitano! o são miguel é presente de mamãe e iemanjá foi feita pelo rigo e laercio, presente de aniversário deste ano

meu poste


minhas cachacinhas e a garrafa que amo, lá de Paraty


esse é o DNA, eu amo tanto, tamto que a mamãe me deu, morava antes na sala dela

esse baú eu e zé achamos no lixo, achei tão lindo... meus dvd's moram dentro

de paraty

sinal de transformação, mora no meu quarto, presente de aniversário da Bê

presente do papai, amo xadrez embora não jogue a anos!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tenho amigos loucos, indiscutivelmente. Fui à padaria comprar café (e a formiguinha subiu no meu pé) quando voltei o celular estava tocando, era a Lê, mas não deu tempo de atender, tentei retornar, não consegui.  Fiz café, preparei o pão, entrei no vicio do facebook para acordar e li nas atualizações: Amanhã na sala Mestre Paulo Freire, debate conduzido pela professora Amanda Guerra. Ah????? tá! e aí minha cabecinha deu ma cambalhota, percorreu cada cantinho tentando achar o momento daquele domingo maravilhoso em que me comprometi a conduzir um debate sobre um filme que eu nem tinha visto, cujo horário eu nem tinha certeza de poder ir... Já estava prometendo parar de beber, acreditando que poderia ter falado alguma coisa sob efeito da heineken, quando o telefone toca pra me salvar da abstinência: não, eu não tinha combinado nada, ela que resolveu me convocar! Que alívio! Que medo!
Alívio porque a doida não era eu e medo porque a responsabilidade era muito grande!
Mas a Lê vive realizando meus sonhos.... Quando fui fazer História, um dos meus objetivos era dar aulas para normalistas... e terça lá estava eu, em um bate-papo com elas, mediado pelo filme na Sala que mais gosto de estar.
Hellenice é doida demais ou confia muito em mim, porque nunca me viu falando nada de História, eu nem conhecia o filme, mas mesmo assim acreditava (tinha certeza?) que daria certo.
Eu não consigo dizer não para ela e nem fujo de desafio, saí correndo atrás do filme pela TEIA e vi que "A culpa é de Fidel" não falava da Revolução Cubana, de qualquer maneira me veio em mente a formação de esquerda começando com os debates em casa sobre Cuba (meus pais tinham uma amiga que viveu em Cuba) e da leitura do meu primeiro livro "marxista" Viver em Cuba, isso com 9 anos.
Depois as brigas ideológicas com Fidel e a paixão por Che. Podia ficar nisso durante dias, mas o filme levaria a discussão para outras margens, e foi um delícia!!
Abaixo coloco a indicação do filme e aqui agradeço a Lê a oportunidade, mais uma!, de poder compartilhar nesta Sala tão cara ao meu coração!

adoro


A Culpa é do Fidel!

  
Título original: (La Faute à Fidel)
Lançamento: 2006 (França, Itália)
Direção: Julie Gavras
Atores: Nina Kervel-Bey, Julie Depardieu, Stefano Accorsi, Benjamin Feuillet.
Duração: 99 min
Gênero: Drama
Status: Arquivado
     
(8 votos)
          

Sinopse

Anna de la Mesa (Nina Kervel-Bey) tem 9 anos, mora em Paris e leva uma vida regrada e tranqüila, dividida entre a escola católica e o entorno familiar. O ano é 1970 e a prisão e morte do seu tio espanhol, um comunista convicto, balança a família. Ao voltar de uma viagem ao Chile, logo após a eleição de Salvador Allende, os pais de Anna estão diferentes e a vida familiar muda por completo: engajamento político, mudança para um apartamento menor, trocas constantes de babás, visitas inesperadas de amigos estranhos e barbudos. Assustada com essa nova realidade, Anna resiste à sua maneira. Aos poucos, porém, realiza uma nova compreensão do mundo.

www.adorocinema.com   em 18 de maio de 2011